sexta-feira, 4 de março de 2011

poema


ANITA MALFATTI - ONDA


LÁGRIMAS DA HUMANIDADE
ELIANA MIRANZI/2011


DAS PROFUNDEZAS DE UM MAR SEM FIM
SURGE O LAMENTO SELVAGEM DE UM FRÁGIL TUDO.
CUIDO PARA QUE NÃO VAZE: DESTRUIRIA O MUNDO.
MAS É COMO COLOCAR SACOS DE AREIA À BEIRA-MAR:
NADA SEGURA A FORÇA PRIMITIVA DAS ÁGUAS.
NADA NEM NINGUÉM PODE COM O FUROR INSANO
QUE REMONTA AO DIA UM DOS PRIMEIROS DIAS
DA CRIAÇÃO; À DOR DE SER FEITO DE BARRO.
AO ENTENDIMENTO DA TOTAL IMPOTÊNCIA
DIANTE DO FATO IMUTÁVEL
DE SER HUMANO.

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