terça-feira, 6 de novembro de 2012

IDENTIDADE E MÚSICA


Cantando sua música

“Quando uma mulher de uma certa tribo africana sabe que está grávida, ela vai para floresta com alguns amigos e juntos eles rezam e meditam até que ouvem a música da criança. Eles acreditam que cada alma tem sua própria vibração que expressa sua essência e propósito únicos. Quando a mulher sintoniza com a música, eles a cantam em voz alta. Depois eles voltam para a tribo e ensinam a música para todos.

Quando a criança nasce, a comunidade se reúne e canta a música da criança para ela em voz alta. Mais tarde, quando a criança começa a estudar, o vilarejo se reúne e canta a música novamente. Quando a criança passa pela iniciação para a adultidade, as pessoas outra vez se reúnem e cantam. Quando se casa a pessoa ouve novamente sua música. Finalmente, quando a alma esta prestes a ir embora deste mundo, a família e amigos se reúnem ao seu redor, assim como fizeram em seu nascimento, e “cantam” a pessoa para a próxima vida.

Nesta tribo africana há uma outra ocasião na qual a comunidade canta para a criança. Se em algum momento de sua vida a pessoa comete um crime ou um ato aberrante, ela é chamada ao centro da vila e as pessoas da comunidade formam um círculo ao redor dela. A tribo reconhece que a correção para um comportamento anti social não é a punição; é o amor e a rememoração da própria identidade. Quando você reconhece sua própria música, você não tem desejo ou necessidade de fazer nada que machucaria outra pessoa.

Um amigo é alguém que conhece a sua música e a canta para você quando você a esquece. Aqueles que te amam não se deixam enganar pelos erros que você comete ou imagens obscuras que você possa ter contra você mesmo. Eles se lembram da sua beleza quando você se sente feio; sua integridade quando você se sente quebrado; sua inocência quando você se sente culpado; e seu propósito quando você está confuso”.

Tolba Phanem

(Poetisa Africana)





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