GABRIEL PERISSÉ
Dizia o escritor
francês Léon Bloy que "sofrer passa, mas ter sofrido não passa
jamais". Diante das tragédias que o teatro do mundo oferece, ou dos dramas
que ocorrem na minha vida, na sua, na vida das pessoas mais próximas, sofrer
passa... mas nunca nos libertamos totalmente do sofrimento.
Em que medida a etimologia nos ajuda a entender essa realidade universal no tempo e no espaço?
Supõe-se que existia no latim vulgar a expressão *sufferere, que derivou do latim clássico sufferre, formado de sub- ("sob", "embaixo") e ferre ("levar", "conduzir"). O sofredor sente a dor sobre si. A ideia de estar sob a cruz, levando-a, é imagem recorrente: cada um tem de carregar sua própria cruz.
Em que medida a etimologia nos ajuda a entender essa realidade universal no tempo e no espaço?
Supõe-se que existia no latim vulgar a expressão *sufferere, que derivou do latim clássico sufferre, formado de sub- ("sob", "embaixo") e ferre ("levar", "conduzir"). O sofredor sente a dor sobre si. A ideia de estar sob a cruz, levando-a, é imagem recorrente: cada um tem de carregar sua própria cruz.
Ter sofrido é não esquecer a tristeza e a dor, mesmo quando já se diluíram no passado. Porque ainda carregamos a lembrança da dor, podemos ser solidários com quem está sobrecarregado.
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