quarta-feira, 31 de julho de 2013

A IMPORTÂNCIA DOS SONHOS


A importância dos sonhos – Carl G. Jung

Carl G. Jung (org.)
O Homem e os seus Símbolos

Excertos adaptados

Ensaio sobre o inconsciente I

A importância dos sonhos

Aquilo a que chamamos símbolo é um termo, um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na vida diária, embora possua conotações especiais para além do seu significado evidente e convencional. Implica algo de vago, desconhecido ou oculto para nós.

Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto mais amplo, que nunca é definido de uma única forma ou explicado totalmente, nem podemos ter esperanças de a definir ou explicar. Quando a mente explora um símbolo, é conduzida em direcção a ideias que estão fora do alcance da nossa razão.

Por existirem inúmeras coisas fora do alcance da compreensão humana é que utilizamos frequentemente termos simbólicos como representação de conceitos que não podemos definir ou compreender integralmente. Esta é uma das razões por que todas as religiões empregam uma linguagem simbólica e se exprimem através de imagens. Mas este uso consciente que fazemos dos símbolos é apenas um aspecto de um facto psicológico de grande importância: o homem também produz símbolos, inconsciente e espontaneamente, em forma de sonhos.

Há ainda certos acontecimentos de que não tomamos consciência. Permanecem, por assim dizer, abaixo do limiar da consciência. Aconteceram, mas foram absorvidos subliminarmente, sem o nosso conhecimento consciente. Só podemos percebê-los em algum momento de intuição ou por um processo de intensa reflexão que nos levem à subsequente compreensão de que devem ter acontecido. E, apesar de termos ignorado originalmente a sua importância emocional e vital, mais tarde brotam do inconsciente como uma espécie de segundo pensamento.

Este segundo pensamento pode aparecer, por exemplo, sob a forma de um sonho. O aspecto inconsciente de um acontecimento é-nos revelado, geralmente, através de sonhos, onde se manifesta, não como um pensamento racional, mas como uma imagem simbólica. Do ponto de vista histórico, foi o estudo dos sonhos que permitiu, inicialmente, aos psicólogos, a investigação do aspecto inconsciente de ocorrências psíquicas conscientes.

Fundamentados nestas observações é que os psicólogos admitem a existência de uma psique inconsciente, apesar de muitos cientistas e filósofos lhe negarem existência. Argumentam ingenuamente que uma tal pressuposição implica a existência de dois “sujeitos” ou, em linguagem comum, de duas personalidades dentro do mesmo indivíduo. E estão inteiramente certos: é exactamente isto o que ela implica. Esta divisão de personalidades é, com efeito, uma das maldições do homem moderno. Não é, de forma alguma, um sintoma patológico: é um facto normal, que pode ser observado em qualquer época e em quaisquer lugares. O neurótico cuja mão direita não sabe o que faz a sua mão esquerda não é caso único. Esta situação é um sintoma de inconsciência geral, que é, inegavelmente, herança comum de toda a humanidade.

Aquele que nega a existência do inconsciente está, de facto, a admitir que, hoje em dia, temos um conhecimento total da psique. É uma suposição evidentemente tão falsa quanto a pretensão de que sabemos tudo a respeito do universo físico. A nossa psique faz parte da natureza e o seu enigma é, igualmente, sem limites. Assim, não podemos definir a psique nem a natureza. Podemos, simplesmente, constatar o que acreditamos que elas sejam e descrever, da melhor maneira possível, como funcionam. No entanto, fora das observações acumuladas em pesquisas médicas, temos argumentos lógicos de bastante peso para rejeitarmos afirmações como “não existe inconsciente”, etc. Aqueles que fazem este tipo de declaração estão a expressar um velho misoneísmo – o medo do que é novo e desconhecido.

Sigmund Freud foi o pioneiro, o primeiro cientista a tentar explorar empiricamente o segundo plano inconsciente da consciência. Trabalhou baseado na hipótese de que os sonhos não são produto do acaso, mas que estão associados a pensamentos e problemas conscientes. Esta hipótese nada apresentava de arbitrário.

 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A FUNÇÃO DOS SONHOS-JUNG-

 

MARC CHAGALL-EU E A VILA-
A função dos sonhos
C.G.JUNG

Já escrevi a respeito do contraste interessante entre os pensamentos que temos quando acordados e a riqueza das imagens produzidas pelos sonhos. Podemos constatar agora uma outra razão para esta diferença: na nossa vida civilizada, despojamos tanto as ideias da sua energia emocional que já não reagimos a elas. Usamos estas ideias nos nossos discursos, reagimos convencionalmente quando outros também as utilizam, mas elas não nos causam uma impressão profunda. É necessário haver alguma coisa mais eficaz para que mudemos de atitude ou de comportamento. E é isto que a linguagem do sonho faz: o seu simbolismo tem tanta energia psíquica que somos obrigados a prestar-lhe atenção.

Havia, por exemplo, uma senhora conhecida pelos seus insuportáveis preconceitos e obstinada resistência a qualquer argumento racional. Podia-se discutir com ela uma noite inteira; não prestaria a menor atenção às nossas opiniões. Os seus sonhos, no entanto, empregaram uma linguagem inteiramente diferente. Uma noite, sonhou que estava numa importante reunião social, onde foi recebida pela anfitriã com as seguintes palavras: “Que bom ter podido vir. Todos os seus amigos estão aqui à sua espera.” E levou-a até uma porta, que abriu, introduzindo-a num estábulo.

A linguagem deste sonho é bastante simples para que possa ser entendida até por um ignorante. A mulher, a princípio, recusou-se a admitir o sentido de um sonho que vinha atingir tão directamente o seu amor-próprio. Mas acabou por compreender a mensagem que lhe era enviada, e após algum tempo aceitou a piada que se auto-infligira.

Estas mensagens do inconsciente têm uma importância bem maior do que se pensa. Na nossa vida consciente, estamos expostos a todos os tipos de influência. As pessoas estimulam- nos ou deprimem-nos, ocorrências da nossa vida profissional ou social desviam a nossa atenção. Todas estas influências podem levar-nos para caminhos opostos à nossa individualidade; e quer percebamos quer não o seu efeito, a nossa consciência é perturbada e exposta, quase sem defesas, a estes incidentes. Isto ocorre em especial com pessoas de atitude mental extrovertida, que dão muita importância a objectos exteriores, ou com as que abrigam sentimentos de inferioridade e de dúvida, envolvendo o mais íntimo da sua personalidade.

Quanto mais a consciência foi influenciada por estes preconceitos, erros, fantasias e anseios infantis, mais se dilata a fenda já existente, até se chegar a uma dissociação neurótica e a uma vida mais ou menos artificial, em tudo distanciada dos instintos normais, da natureza e da verdade. A função geral dos sonhos é tentar restabelecer a nossa balança psicológica, produzindo um material onírico que reconstitui, de maneira subtil, o equilíbrio psíquico total.

É aquilo a que chamo função complementar (ou compensatória) dos sonhos na nossa constituição psíquica. Explica por que motivo pessoas com ideias pouco realistas, ou que têm um alto conceito de si mesmas, ou ainda que constroem planos grandiosos em desacordo com a sua verdadeira capacidade, sonham que voam ou caem. O sonho compensa as deficiências das suas personalidades e, ao mesmo tempo, previne-as dos perigos dos seus rumos actuais.
Para bem do equilíbrio mental e mesmo da saúde fisiológica, o consciente e o inconsciente devem estar completamente interligados, a fim de que possam mover-se em linhas paralelas. Se se separam um do outro ou se dissociam, ocorrem distúrbios psicológicos. Neste caso particular, os símbolos oníricos são os mensageiros indispensáveis da parte instintiva da mente humana para a sua parte racional, e a sua interpretação enriquece a pobreza da nossa consciência, fazendo-a compreender, novamente, a esquecida linguagem dos instintos.


As pessoas, é claro, tendem a pôr em dúvida esta função, já que os seus símbolos, muitas vezes, passam despercebidos ou são incompreendidos. Na vida normal, a compreensão dos sonhos é até, por vezes, considerada supérflua. De um modo geral, é uma tolice acreditar-se em guias pré-fabricados e sistematizados para a interpretação dos sonhos, como se pudéssemos comprar um livro de consultas para nele encontrarmos a tradução de um determinado símbolo. Nenhum símbolo onírico pode ser separado da pessoa que o sonhou, assim como não existem interpretações definidas e específicas para qualquer sonho.

A maneira pela qual o inconsciente completa ou compensa o consciente varia tanto de indivíduo para indivíduo que é impossível saber até que ponto pode, na verdade, haver uma classificação dos sonhos e dos seus símbolos. O sonho recorrente é um fenómeno digno de apreciação. Há casos em que as pessoas sonham o mesmo sonho, desde a infância até à idade adulta. Este tipo de sonho é em geral uma tentativa de compensação para algum defeito particular que existe na atitude do sonhador em relação à vida; ou pode datar de um traumatismo que tenha deixado alguma marca. Pode também ser a antecipação de algum acontecimento importante que está para acontecer.

Sonhei durante muitos anos com um mesmo motivo, no qual eu “descobria” uma parte da minha casa que até então me era desconhecida. Algumas vezes, apareciam os aposentos onde os meus pais, há muito falecidos, viviam e onde o meu pai, para grande surpresa minha, montara um laboratório de estudo de anatomia comparada dos peixes e onde a minha mãe dirigia um hotel para hóspedes fantasmas. Habitualmente, esta ala desconhecida surgia como um edifício histórico, há muito esquecido, mas de que eu era proprietário. Continha interessantes mobílias antigas e, lá para o fim desta série de sonhos, descobri também uma velha biblioteca, com livros que não conhecia.

Por fim, no último sonho, abri um dos livros e encontrei nele uma série de gravuras simbólicas maravilhosas. Quando acordei, o meu coração pulsava de emoção. Algum tempo antes de ter este último sonho, havia encomendado a um vendedor de livros antigos uma colecção clássica de alquimistas medievais. Encontrara, numa obra, uma citação que me parecia relacionada com a antiga alquimia bizantina e queria verificar este facto. Algumas semanas depois de ter tido o sonho com o livro que me era desconhecido, chegou um pacote do livreiro. Dentro, havia um volume em pergaminho, datado do século dezasseis. Era ilustrado com fascinantes gravuras simbólicas, que logo me lembraram as que vira no meu sonho.

Como a redescoberta dos princípios da alquimia se tornou parte importante do meu trabalho pioneiro na psicologia, o motivo do meu sonho recorrente é de fácil compreensão. A casa, certamente, era o símbolo da minha personalidade e do seu campo consciente de interesses; e a ala desconhecida da residência representava a antecipação de um novo campo de interesse e pesquisa de que, na época, a minha consciência não se apercebera. Desde aquele momento, há trinta anos, o sonho não se repetiu

 

terça-feira, 23 de julho de 2013

TEXTOS/FRAGMENTADOS DO "O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS"JUNG.


                                                       CATEDRAL DE CHARTRES.

A função dos símbolos
"O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS"---JUNG.

Quando um psicanalista se interessa por símbolos, ocupa-se, em primeiro lugar, dos símbolos naturais, distintos dos símbolos culturais. Os primeiros são derivados dos conteúdos inconscientes da psique e, portanto, representam um número imenso de variações das imagens arquetípicas essenciais. Em alguns casos, pode-se chegar às suas origens mais arcaicas – isto é, a ideias e imagens que vamos encontrar nos registos mais antigos e nas sociedades mais primitivas. Os símbolos culturais, por outro lado, são aqueles que foram empregados para expressar “verdades eternas” e que ainda são utilizados em muitas religiões. Passaram por inúmeras transformações e mesmo por um longo processo de elaboração mais ou menos consciente, tornando-se assim imagens colectivas aceites pelas sociedades civilizadas.

O homem moderno não entende o quanto o seu racionalismo (que lhe destruiu a capacidade para reagir a ideias e símbolos numinosos) o deixou à mercê do submundo psíquico. Libertou-se das superstições (ou pelo menos pensa tê-lo feito), mas, neste processo, perdeu os seus valores espirituais numa escala positivamente alarmante. As suas tradições morais e espirituais desintegraram-se e, por este motivo, paga agora um preço elevado em termos de desorientação e dissociação universais.

Os antropólogos descreveram, muitas vezes, o que acontece a uma sociedade primitiva quando os seus valores espirituais sofrem o impacto da civilização moderna. A sua gente perde o sentido da vida, a sua organização social desintegra-se, os próprios indivíduos entram em decadência moral. Encontramo-nos agora em idênticas condições. Mas, na verdade, nunca chegamos a compreender a natureza do que perdemos, pois os nossos líderes espirituais, infelizmente, preocuparam-se mais em proteger as suas instituições do que em entender o mistério que os símbolos representam.

Na minha opinião, a fé não exclui a reflexão (a arma mais forte do homem); mas, desafortunadamente, numerosas pessoas religiosas parecem ter tamanho medo da ciência (e, incidentalmente, da psicologia) que se conservam cegas a estas forças psíquicas numinosas que regem, desde sempre, os destinos do homem. Despojamos todas as coisas do seu mistério e da sua numinosidade; e nada mais é sagrado.

Em épocas recuadas, enquanto os conceitos instintivos ainda se avolumavam no espírito do homem, a sua consciência podia, certamente, integrá-los numa disposição psíquica coerente. Mas o homem dito civilizado já não consegue fazê-lo. A sua consciência “avançada” privou-o dos meios de assimilar os contributos complementares dos instintos e do inconsciente. Estes meios de assimilação e de integração eram, exactamente, os símbolos numinosos tidos como sagrados por um consenso geral.

Hoje, por exemplo, fala-se da “matéria”. Descrevemos as suas propriedades físicas. Procedemos a experiências de laboratório para demonstrar alguns dos seus aspectos. Mas a palavra “matéria” permanece um conceito seco, inumano e puramente intelectual, e que para nós não tem qualquer significação psíquica. Como era diferente a imagem primitiva da matéria – a Grande Mãe – que podia conter e expressar todo o profundo sentido emocional da Mãe Terra! Do mesmo modo, o que era espírito identifica-se, actualmente, com intelecto e, assim, deixa de ser o Pai de Todos; degenerou até chegar aos limitados conhecimentos egocêntricos do homem. A imensa energia emocional expressa na imagem do “Pai Nosso” desvanece-se na areia de um verdadeiro deserto intelectual.

À medida que aumenta o conhecimento científico, diminui o grau de humanização do nosso mundo. O homem sente-se isolado no cosmos porque, já não estando envolvido com a natureza, perdeu a sua “identificação emocional inconsciente” com os fenómenos naturais. E os fenómenos naturais, por sua vez, perderam aos poucos as suas implicações simbólicas. Esta enorme perda é compensada pelos símbolos dos nossos sonhos. Eles revelam-nos a nossa natureza original, com os seus instintos e a sua forma peculiar de raciocínio. Lamentavelmente, no entanto, expressam os seus conteúdos na própria linguagem da natureza que, para nós, é estranha e incompreensível.

As palavras tornam-se fúteis quando não se sabe o que representam. Isto aplica-se especialmente à psicologia, onde se fala tanto de arquétipos como a anima e o animus, o homem sábio, a Grande Mãe, etc. Pode-se saber tudo a respeito dos santos, dos sábios, dos profetas, de todos os homens-deuses e de todas as mães-deusas adoradas pelo mundo fora. Mas se são meras imagens, cujo poder numinoso nunca experimentámos, será o mesmo que falar de um sonho, pois não se sabe do que se fala. As próprias palavras que usamos serão vazias e destituídas de valor. Elas só ganham sentido e vida quando se tenta levar em conta a sua numinosidade – isto é, a sua relação com o indivíduo vivo. Apenas então se começa a compreender que todos aqueles nomes significam muito pouco – o que importa é a maneira como estão relacionados connosco.

Reminiscências de memórias de infância e reproduções de comportamentos psíquicos, expressos por meio de arquétipos, podem alargar os nossos horizontes e aumentar o campo da nossa consciência – sob a condição de que os conteúdos readquiridos sejam assimilados e integrados na mente consciente. Como não são elementos neutros, a sua assimilação vai modificar a personalidade do indivíduo, já que também eles vão sofrer algumas alterações. Neste estado a que chamamos o processo de individuação, a interpretação dos símbolos exerce um papel prático de muito relevo, pois os símbolos representam tentativas naturais de reconciliação e união dos elementos antagónicos da psique.

 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

SONHOS E ADRIANA FERREIRA


                                        CONSTRUI MINHA CASA SOBRE ROCHAS

O TRABALHO DOS SONHOS DE ADRIANA FERREIRA

PARA SABER COMO É ESSE TRABALHO, ESSA TERAPIA, É PRECISO VER, PARTICIPAR,PASSAR PELO PROCESSO.

ADRIANA FUNDAMENTA-SE EM UM TRIPÉ FORTEMENTE ESTRUTURADO EM :C.G. JUNG, COM SUA PSICOLOGIA HUMANISTA,

NO MESTRE INDIANO SRI AUROBINDO COM SUA FILOSOFIA ESPIRITUAL E POÉTICA, E NO AMERICANO STANLEY KELLEMAN, CRIADOR DA PSICOLOGIA FORMATIVA.

ADRIANA TEM FORMAÇÃO ACADÊMICA ABRANGENTE E VARIADA,

E AGLUTINA SEUS CONHECIMENTOS PARA FAZER UM TRABALHO ÚNICO E MUITO PRÓPRIO DELA.

ESTAMOS SEMPRE EM BUSCA DE SOLUÇÃO PARA NOSSOS CONFLITOS, RESPOSTAS AOS NOSSOS QUESTIONAMENTOS, ALGUMA MANEIRA DE ACALMAR NOSSA MENTE E NOSSA ALMA NO CORRER DA VIDA. JUNG NOS ENSINOU QUE TEMOS DE PASSAR PELO PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO, QUE REQUER MERGULHOS PROFUNDOS EM NOSSO INTERIOR A FIM DE TENTARMOS NOS CONHECER E ASSIM, PODER CRESCER.

O BÁSICO E FUNDAMENTAL PARA ISSO É PODER INVESTIGAR  NOSSA PSIQUE CHEGANDO AOS CANTINHOS MAIS ESCUROS DELA,E PARA ISSO, PODEMOS USAR NOSSOS SONHOS,QUE SÃO A MANEIRA MAIS DIRETA QUE TEM A PSIQUE DE FALAR CONOSCO.

STANLEY KELLEMAN, COM SEU MÉTODO DE TRABALHO CIENTIFICAMENTE BASEADO NUMA ANATOMIA PROFUNDA E EMOCIONAL NOS TREINA PARA LIDAR COM NOSSOS CONFLITOS CORPORALMENTE, ANATOMICAMENTE, MOSTRANDO-NOS AS FORMAS QUE FAZEMOS, USAMOS, DESFAZEMOS, E MANTEMOS PARA PODERMOS LIDAR COM OS CONFRONTOS, DORES E PROBLEMAS DE NOSSAS VIDAS.NOS ENSINA A INTENSIFICAR E DIMINUIR ESSE SENTIR CORPORAL, ATÉ QUE ENCONTREMOS FORMAS ADEQUADAS PARA NOS AJUDAR A VER A SOLUÇÃO DE NOSSOS PROBLEMAS, A RESPOSTA AOS NOSSOS QUESTIONAMENTOS. APRENDEMOS A FAZER UM “AJUSTE” DE SENTIMENTOS.

AO TOMARMOS UM SONHO COMO UM RECADO DE NOSSO SELF, E FAZERMOS AS FORMAS DOS PERSONAGENS DESSE SONHO, CONSTRUIMOS, COMO QUE TRADUZINDO O SONHO, E A LINGUAGEM DO SELF, UM CAMINHO SEGURO POR ONDE PASSAR, ATRAVESSANDO AS PONTES EXISTENTES ENTRE O INCONCIENTE E O CONSCIENTE. ADEQUAMOS NOSSA FORMA CORPORAL PARA MUDAR NOSSA VISÃO DAS COISAS. NOSSOS SONHOS SE TORNAM UM INSTRUMENTO DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE ESSAS DUAS FORÇAS DE NOSSA MENTE, NOS MOSTRANDO ,NO CORPO, ONDE E COMO VISUALISAR AS CURAS. A CADA SONHO TRABALHADO, É FEITA UMA CATARSE, UMA LIMPEZA DA ALMA, DOS DETRITOS GUARDADOS LÁ NO FUNDO DO INCONSCIENTE E QUE VÊM À TONA EM MOMENTOS ESPECIALÍSSIMOS DE NOSSAS VIDAS, TAIS COMO NOS MOMENTOS EM QUE SONHAMOS.COMUNICAÇÃO SUPERIOR, SAGRADA, QUE TRÁS ATÉ NÓS UMA LUZ DIVINA E PODEROSA A ILUMINAR NOSSOS CAMINHOS.

PARA TRABALHAR SONHOS DESSA MANEIRA, OU MELHOR, DA MANEIRA COMO ADRIANA FERREIRA TRABALHA, É PRECISO POSSUIR UMA BAGAGEM CULTURAL EXTENSA, QUE ENVOLVE CONHECIMENTOS VARIADOS, UM REPERTÓRIO DE SABERES VASTO, ASSIM COMO É VASTA A HUMANIDADE.A HISTÓRIA DO SER HUMANO NO PLANETA, SEU CORPO E SUA MENTE, SEU ESPÍRITO E SUAS CRENÇAS , SEUS COSTUMES, REPRESENTAÇÕES E SIMBOLOGIAS, MITOS E LENDAS, ARTES E COTIDIANO, PARA, NUM SÓ CALDEIRÃO TUDO ISSO JUNTAR A FIM DE SE CONSEGUIR A ALQUIMIA PERFEITA PARA TER CONTATO DIRETO COM A ALMA. E OUVIR DELA SEUS RECADOS SAGRADOS.

 NOSSA INTUIÇÃO MUITO SE SERVE TAMBÉM DE NOSSAS VIVÊNCIAS.POR ISSO, O FATO DE TER ADRIANA EXPERIMENTADO TÃO GRANDES E BELOS, SABOROSOS E PRECIOSOS BOCADOS DO MUNDO, FAZ DELA UMA PESSOA RICAMENTE PREPARADA PARA ATUAR NESSE CAMPO.  

ELIANA MIRANZI

UBERABA, MAIO, 2013.  

quinta-feira, 11 de julho de 2013

JUNG NOS FALA...

                                                                 OBRA DE JUNG
CITAÇÕES DE C.G.JUNG

-A NOSSA DÍVIDA AO PAPEL QUE TEM A IMAGINAÇÃO, É INCALCULÁVEL.

-CONHECER SUA PRÓPRIA ESCURIDÃO É O MELHOR MÉTODO PARA LIDAR COM A ESCURIDÃO DE OUTRAS PESSOAS.

-VOCÊ É O QUE VOCÊ FAZ, NÃO AQUILO QUE VOCÊ DIZ QUE FARÁ.

-OS MAIORES E MAIS IMPORTANTES PROBLEMAS DA VIDA SÃO TODOS FUNDAMENTALMENTE INSOLÚVEIS.NUNCA PODEM SER RESOLVIDOS, APENAS SUPERADOS.

-TUDO DEPENDE DE COMO OLHAMOS PARA AS COISAS, E NÃO COMO ELAS SÃO REALMENTE.

-ESTAR SÓ É PARA MIM UMA FONTE DE CURA QUE FAZ MINHA VIDA VALER A PENA.

-SE HÁ ALGO QUE DESEJAMOS MUDAR NUMA CRIANÇA, DEVEMOS PRIMEIRO EXAMINÁ-LO E VER SE NÃO É ALGO EU PODERIA SER MELHOR MUDADO EM NÓS PRÓPRIOS.

-A VISÃO DE QUE SONHOS SÃO MERAMENTE REALIZAÇÕES IMAGINÁRIAS DE DESEJOS REPRIMIDOS É TOTALMENTE ANTIQUADA.HÁ, REALMENTE SONHOS QUE MANIFESTAMENTE REPRESENTAM DESEJOS OU MEDOS, MAS E TODAS AS OUTRAS COISAS? OS SONHOS PODEM CONTER VERDADES INDISCUTÍVEIS, PRONUNCIAMENTOS FILOSÓFICOS, ILUSÕES, FANTASIAS SELVAGENS, MEMÓRIAS, PROJETOS, ANTECIPAÇÕES, EXPERIÊNCIAS IRRACIONAIS, ATÉ MESMO VISÕES TELEPÁTICAS, E SÓ OS CÉUS SABEM O QUANTO MAIS.

-O QUE HÁ DE MAIS ATERRORIZANTE É ACEITAR-SE COMPLETAMENTE.

-MOSTRA-ME UM HOMEM SÃO E EU O CURAREI PARA VOCÊ.

-TUDO QUE NOS IRRITA NOS OUTROS PODE NOS LEVAR A UMA MELHOR COMPREENSÃO DE NÓS MESMOS.

-A VERGONHA É UMA EMOÇÃO QUE DESTRÓI A ALMA.

-O ENCONTRO ENTRE DUAS PERSONALIDADES É COMO O CONTATO DE DUAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS:SE HOUVER QUALQUER REAÇÃO, AMBOS SÃO TRANSFORMADOS.

-PARE DE USAR TANTAS MÁSCARAS. DEIXE QUE OS OUTROS VEJAM UEM VOCÊ REALMENTE É, DE MODO QUE ELES, POR SUA VEZ, POSSAM AMAR VOCÊ VERDADEIRO. A PESSOA É O QUE NA REALIDADE A PESSOA NÃO É, MAS QUE A PRÓPRIA PESSOA, ASSIM COMO OS OUTROS PENSAM QUE É.

-QUEM É ENRAIZADO À TERRA RESISTE.A  ALIENAÇÃO DO INCONSCIENTE E DE SUAS CONDIÇÕES HISTÓRICAS MOSTRA DESENRAIZAMENTO. ESSE É O PERIGO QUE RESIDE AO SE ESPERAR PELO CONQUISTADOR DE TERRAS ESTRANGEIRAS E POR CADA INDIVÍDUO QUE , ATRAVÉS DE UMA ALIANÇA UNILATERAL A QUALQUER TIPO DE –ISMO, PERDE O CONTATO COM A TERRA ESCURA , MATERNAL, DE SEU SER.

 

 

terça-feira, 9 de julho de 2013

NOSSA PERCEPÇÃO


 
A Dra Jill Taylor, neurocientista, após ter sofrido um derrame cerebral, 
nos brinda com essa preciosidade: "Todo meu autoconceito se alterava, porque não me percebia 
mais como um indivíduo, uma entidade sólida com limites que me separavam das entidades 
a minha volta. Entendi que, num nível mais elementar, era fluído. É claro que era fluído! Tudo que nos cerca, tudo que nos diz respeito, tudo entre nós, dentro de nós e sobre nós é feito de átomos e
moléculas que vibram no espaço. Embora o ego central do centro da linguagem prefira definir o
 eu como individual e sólido, muitos sabem que somos feitos de trilhões de células, galões de
água, e tudo em nós existe em constante estado de atividade."