terça-feira, 8 de março de 2011


OBRA DE MARY CASSAT-IMPRESSIONISTA NORTE AMERICANA.

EU, MULHER
Nasci assim: mulher, sexo feminino, com a arquitetura da reprodução já pronta, vinda de fábrica.
Não escolhi. Mas não me queixo. Pelo contrário, agradeço aos céus por ter vindo nessa condição: fêmea. A alma grande, o coração aberto, a cabeça cheia de idéias.
Um corpo que sofre várias transformações ao longo da vida: meninice, puberdade, ciclos menstruais, adolescência, tensão pré-menstrual, vida adulta. Gravidezes, partos, aleitamento. Mais um pouco e já chega a menopausa. Transformações muitas vezes incompreensíveis a nós próprias, mulheres, o que se dirá em relação aos homens! Eles, que se transformam bem menos. Eles, nossos parceiros, nosso avesso, positivo e negativo.
À mulher cabe conhecer-se, assim como à natureza, o mundo, as pessoas, para poder entendê-las, aceitá-las e absorver os fatos da vida, que ocorrem a todos nós; impossível fugir deles.
À mulher cabe ser como um treinador de um time, uma professora sem aposentadoria, um gerente 24 horas. Dela espera-se que saiba sanar dúvidas, curar dores, julgar situações. Dela espera-se que esteja sempre disposta, cheia de energia, entusiasmada, e pronta para qualquer coisa. Não importa que tipos de problemas que surjam, que cansaço se instale, quanto desânimo e frustração sinta. Que não adoeça, não desanime, não chore e nem reclame. Que tenha sempre um abraço pronto, um colo aconchegante, um sorriso, um beijo. E ela tudo isso consegue, usando seus instintos e treinando sua intuição. Alma rica, coração grande, disponibilidade sempre...
Família começa com F de Fêmea, Feminino, Fada. Só existem famílias porque há mulheres que pariram, criaram, alimentaram seus componentes. Mesmo não estando presente, a mulher é pedra fundamental, esteio, sustentação em qualquer família, em qualquer sociedade, enfim, no todo.
A mulher tem comprometimento com a vida, pois a ela foi dado o dom de gerar vida.
A Vida é feminina. E na mulher há sempre Vida. Viva. Valente. Verdadeira.
Eliana Miranzi/2005

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