sexta-feira, 1 de junho de 2012

INTELIGÊNCIA E INOCÊNCIA



 NORMAN ROCKWELL-NORTE-AMERICANO-"BISCOITOS NA CAMA"

“A primeira e mais importante parte da inteligência é a inocência.
No mundo, inocência e inteligência têm sido divididas, e não somente divididas mas colocadas diametralmente opostas uma a outra. Se a inteligência permanece inocente ela é a
 coisa mais bonita possível, mas se ela é contrária à inocência, então ela é simplesmente astúcia e nada mais; não é inteligência.
No momento em que a inocência desaparece, a alma da inteligência se vai, ela é um cadáver. É melhor chamar isto simplesmente de "intelecto". Ele pode fazer de você um grande intelectual, mas não transformará sua vida e não fará você aberto aos mistérios da Existência. Eles estão abertos somente à criança inteligente, e a pessoa realmente inteligente mantém sua infância viva até seu último suspiro. Ele nunca perde o maravilhamento que a criança sente olhando para os pássaros, olhando para as flores, olhando para o céu.
A inteligência também tem que ser, da mesma maneira, como criança. Jesus está certo quando diz: "A não ser que você nasça de novo você não verá o Reino de Deus." O que ele chama "Deus" eu chamo "Existência". Mas a declaração é verdadeira. “Nascer de novo" significa tornar-se uma criança novamente. Mas, quando a pessoa madura se torna uma criança de novo, há uma diferença entre a criança comum e a pessoa renascida. A criança comum é inocente porque ela é ignorante, e a inocência renascida é o maior valor na vida, porque não é ignorância, é inteligência pura.
Não tenha medo da inteligência, tenha medo da inteligência sozinha, se ela for contra a inocência. Não seja contrária à inteligência se ela estiver em sintonia com a sua inocência. A inocência sozinha se transforma em ignorância. Inteligência sozinha se transforma em astúcia. Ambas, juntas, não são nem ignorância nem astúcia, mas simplesmente uma receptividade, uma abertura, um coração que é capaz de se maravilhar nas pequenas coisas da Vida.
O homem que conhece o sentimento do maravilhar-se, é para mim o único homem religioso. É por meio do seu maravilhamento que ele chega a saber que a Existência não é só matéria, ela não pode ser. Isto não é uma conclusão lógica para ele, não é uma crença para ele, mas uma experiência real. Uma experiência tão bela, tão misteriosa, tão imensa indica uma tremenda inteligência nele.
A Existência não é esperta, ela é bem simples, ela é inocente.
Se você puder manter estas duas qualidades juntas você não precisa de nada mais. Estas duas o levarão à meta suprema da auto-realização.”
OSHO - The Transmission of the Lamp – Cap. 26 – pergunta nº 1

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