quarta-feira, 3 de abril de 2013

FAZER FORMAS AMOROSAS


                               AUTORIA DA PINTURA:MARIA MADALENA PRATA SOARES
 
De amor, por amor!
TEXTO USADO POR ADRIANA FERREIRA NO XIX SEMINÁRIO DE SONHOS EM TIRADENTES, 2013.

 

 

JAN GRAND

 

É aqui - neste mundo, neste corpo - que a alma se envolve com as práticas que a sintonizam com o mais amplo sentido, onde ela forma a si mesma eticamente, refina sua percepção em termos que transcendem seu próprio sentido de self individual.

 
Finalmente há a formação do organismo como um todo, o desenvolvimento de um estágio em direção a Self e Mundo, a soma total das qualidades da pessoa em uma imagem.

Aqui temos a forma de amar ou sua falta, a forma da vontade, a imagem da flacidez ou rigidez em movimento em um estilo de vida.

 
Há uma vontade para fazer forma, no movimento do liquido, energias, fases, mudanças de densidade e qualidades do que somos, no nosso movimento e desejo, no nosso pensamento e conexão com o mundo.

 
A partir de nossa história racial, a partir da influência das estrelas, de ideias políticas e imagens artísticas, a partir da linguagem e suas interações nos fazemos forma, fazemos imagens, trabalhamos o mundo.

 
Nós somos este constante formar e fazer forma, trazendo inúmeros focos de atividade, níveis de organização, arquiteturas de funcionamentos – esta é a atividade da alma.

 
Esta concepção nos da a classe de manter nosso sentido de riqueza, questionamento e sagrado na vida , em todas as suas camadas.

Nos permite valorizar simultaneamente nossa vibração e nossa paixão, nossa racionalidade e nossa contemplação, nosso movimento e nossa conexão com o mundo.

 
Nós podemos nos reconhecer como este constante criar e formar qualidades, dar forma a tantas arquiteturas da experiência, uma co-criação, um processo criativo de multicamadas, conectado as lutas históricas da humanidade na sua criação e formação de seu futuro!

 
Ao enfatizar a natureza formativa dos processos da ALMA, as arquiteturas do

tornar-se, nós sublinhamos a função estética da seletividade e construção,  nos identificamos com o  processo de criação em todas as dimensões de nosso FAZER CORPO.

 
Nas condutas de nossa carne encontramos uma sustentada ética da estética da criação e nos tornamos compromissados com as qualidades e valores que nós literalmente corporificamos.

Ha uma linguagem ancestral e poética que existe PARA ISTO. Nos tornamos, assim se diz, guardiões e  pastores , tillers no campo.

 
No modo como vivemos nossa carne, nosso corpo, nossa excitação, o modo como respiramos e movemos, em nossas ações e obrigações, em nossos sonhos e historias, nos reconhecemos que somos artesãos da alma viva!

 

 

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