segunda-feira, 9 de maio de 2011


LEGS-KENNETH ARMITAGE-

MEUS CAROS AMIGOS,
ESCREVÍ ESTES TRES PRÓXIMOS TEXTOS PARA O INÍCIO DE UMA APOSTILA DO MEU CURSO
DE HISTÓRIA DA ARTE.SÃO DE UNS 08 ANOS ATRÁS, MAS SEMPRE VERDADEIROS.

REFLEXÃO
O CAMINHAR DA HUMANIDADE

Eliana R.C. Miranzi
O Homem se diferencia dos outros animais em vários aspectos
dignos de nossa reflexão. Sabemos destas diferenças. Mas poucas vezes tentamos compreendê-las.
Colocaremos aqui em primeiro lugar, a capacidade que temos de PENSAR. PENSAR, REFLETIR, QUESTIONAR.
Nos primórdios da Humanidade, houve um momento em que o Homem percebeu que podia fazer ferramentas, instrumentos que facilitariam sua sobrevivência. É este momento da História que marca o começo do uso do pensamento, o início do que chamamos de Humanidade. Ao perceber que podia interferir nas coisas, usar os elementos da natureza a seu favor, não se sujeitando passivamente aos fatores preexistentes, o Homem estava “pensando”.
O pensamento vem quando nos defrontamos com dificuldades. É nosso instrumento para solucionar problemas. Mas é, antes de mais nada, a nossa necessidade de entender as coisas. Nossa ignorância, perplexidade e espanto nos levam a refletir, pensar, questionar.
Todos nós já nos admiramos, nos espantamos, ficamos perplexos diante de inúmeros fatores, no decorrer de nossas vidas. Assim como em alguns momentos, nossa curiosidade é despertada por acontecimentos ou fatos com que nos defrontamos.
Os grandes filósofos de todos os tempos pensaram nisso e definiram essa característica humana de várias maneiras. Destes sentimentos, na verdade, é que surgiu a Filosofia.
O desconhecido, além de nos assustar, nos leva à reflexão. E isto faz com que criemos conceitos, definições, fórmulas, ou busquemos respostas à nossa necessidade de compreender, explicar o mundo. A vida fica vazia e sem sentido quando não há perguntas e respostas. Com elas, com o pensamento, criamos um “lugar” nosso no mundo. Existimos. Descartes, filósofo francês do século 17, disse: “Penso, logo existo”. Ou seja: “sou um ser vivente e ocupo um lugar no tempo e no espaço, porque sou capaz de pensar”.
Os questionamentos dos Homens primitivos, inicialmente serviram para ajudá-los a sobreviver. Depois, eles começaram a questionar outras coisas, como, por exemplo, a morte. Esta provoca no Homem inúmeras perguntas: “o que é a vida? O que é o tempo? Como viver melhor? O que é realmente importante? O que passa e o que permanece? O que há depois daqui? Etc.

Os mistérios da vida e da morte, com as conseqüentes perguntas e buscas por respostas que provocam, fazem com que treinemos o uso de nossa imaginação. Pensamento, reflexão, busca de respostas e, por conseguinte, imaginação: o resultado é o despertar da criatividade. É o extrapolar de tudo aquilo que é evidente, óbvio. Ao usarmos estas nossas faculdades mentais, deixamos de ser passivos em relação à natureza com toda a sua força, beleza e perigo, e às surpresas inerentes à vida. E podemos assim interferir em nossos “destinos”, impor nossas vontades, realizar nossos desejos. Isto não quer dizer que sejamos sempre e totalmente bem sucedidos. Mas temos a capacidade de, pelo menos, tentar. E “sonhar” com o melhor.
Ao “pensar”, exercitamos outro dom humano: nossa capacidade de mudar as coisas. Ao fazer isso, descobrimos mais um talento que possuímos: CORAGEM.
CORAGEM para questionar, descobrir quem somos e até onde podemos ir. Coragem para derrubar o medo e as barreiras, mexer no que está estabelecido e não mais nos convém ou nos apetece. Coragem para viver o novo, o até agora desconhecido, sem saber onde vamos chegar. Coragem para receber e lidar com o que nos agrada ou o que nos frusta.
Sem tentativas não há caminhada. E estamos aqui para seguir em frente. Águas estagnadas se tornam venenosas. Onde as águas fluem livremente há VIDA. O que desejamos: VIDA ou o NADA?
Um constante fluir ou uma estagnação fétida, lodosa e inerte? Cabe a cada um de nós a escolha.

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